quarta-feira, 31 de março de 2010

DESCENDO A 277 EM MEIO A MATA ATLÂNTICA

Veja vídeo de minha descida na serra em meio a Mata Atlântica rumo ao litoral paranaense
http://www.youtube.com/watch?v=_cI5NpLCmq8

DE VOLTA A GYN

Peguei o barco da Praia do Mel para Paranaguá na segunda, foi uma viagem de quase duas horas de barco até chegar em Paranaguá, onde às 21:30 peguei ônibus para Curitiba. Ao chegar em Curitiba, não tive outra opção senão passar a noite na rodoviária, pois meu ônibus para GYN sairia às 8:40h. No outro dia o ônibus atrasou, e saí 9:30. Não imaginei q a viagem de ônibus fosse tão demorada, foram 20 horas de viagem. Às 5:30h de hoje cheguei na rodoviária de GYN. que noite. Detesto viajar de ônibus, agora imaginem 20 horas dentro de um. De lá pedalei direto para casa, vou demorar recobrar minha noção de tempo. Como puderam ver, viz uma viagem aberta, sujeita a mudanças de última hora. Achei legal porque ficou bem dinâmica, e conheci o q realmente me interessava. Ao voltar, vi o ônibus retornar por onde passei, e o caminho me pareceu muito familiar, talvez pelo fato da viagem de bike ser mais demorada, ficou muita coisa registrada na memória de forma viva, apesar de ter sido vista uma única vez.

ILHA DO MEL

Vista frontal

ILHA DO MEL

De dentro da prisão.

ILHA DO MEL

ILHA DO MEL

Porta de frente para o mar, e porta lateral de acesso à prisão

ILHA DO MEL


Vista do pátio interno do forte

ILHA DO MEL

Paiol de pólvora, que fica nos fundos do forte

ILHA DO MEL

Eu com 78kg

ILHA DO MEL

Visão do flanco, onde se vê a orla da praia

ILHA DO MEL

Visão do interior da casamata. esse é o ponto de vista frontal, onde se vê alto mar

ILHA DO MEL

Uma das diversas casamatas posicionadas no forte

ILHA DO MEL

Sobre o canhão

ILHA DO MEL


No forte

ILHA DO MEL

Eu não tinha idéia q era possivel pedalar tão gostoso na areia da praia. Tem q se próximo a água, onde ela fica mais firme. Dá a impressão de estar pedalando em cimento liso. Percorri toda a praia até o forte. (bike é o um dos principais meios de transportes da ilha

ILHA DO MEL

Aqui estou na ilha do Mel. Nunca vi tantos gringos em toda minha vida. Israelenses, Franceses, Alemães etc etc. Uma alemã encarou minha bike durante um tempo, se aproximou e disse a sua colega "cannondale" olhou para mim e disse " boa muito boa bike "  Se aproximou, disse que tinha uma também na alemanha  e perguntou se eu havia montado ela toda aqui na américa do sul. Disse q sim e mostrei o quanto havia pedalado nos últimos dias. Ela ficou surpresa, e me disse que ela e sua colega ja haviam percorrido toda a américa do sul de moto.

LITORAL/ILHA DO MEL


Primeira vez q eu sai do continente

LITORAL/ILHA DO MEL

A travessia dura uns vinte e poucos minutos (de Pontal do Sul à Ilha do Mel)

LITORAL/ILHA DO MEL

Aqui embarcando para a Ilha do Mel. Fiquei sabendo q esta ilha está na rota do turismo internacional por aqui

LITORAL/ILHA DO MEL

Odômetro

LITORAL/ ILHA DO MEL


Aqui ainda na praia do leste, a 20km de Paranagua. Lembram-se dessa camiseta? rs. Passei a noite em um hotel próximo à praia, e na manhã seguinte um funcionário me disse sobre a ilha do mel... simbora pra lá

domingo, 28 de março de 2010

PRAIA DO LESTE

Vou continuar postando, mas por hora quero agradecer a turma da redação q vai sortear uma camiseta pra quem  retwitar a mensagem q eu ja postei no meu twitter. Agradeço a todos q ajudaram na compra da camiseta, Valeu Tio Edson e Leandro, por ter encabeçado isso. a mensagem q postei no twitter é essa abaixo, participe

ricardoilustra Participe do sorteio de uma bela camiseta, basta retwitar o blog bicicletando, que te fez viajar de GYN A CWB http://migre.me/rlMx

PRAIA DO LESTE

Fui parar em Paranaguá, depois pedalei mais 20 km até praia do leste, onde estou agora. Fiquei sem pilhas ainda cedo hoje, queria registrar tudo, mas fotos não registram nada do que vi hoje ao descer a serra. Vou passar a noite aqui e depois pego um ônibus pra Curitiba e de lá pra Brasilia e depois Goiânia.

A CAMINHO DO MAR

Será que existe mundo depois daquela curva?

A CAMINHO DO MAR

Entrei na neblina que lá atrás vi engolindo montes

A CAMINHO DO MAR


Será que existe mais mundo depois daquela curva ali na frente?

A CAMINHO DO MAR


Que alegria ver essa placa, não sabia da existencia dessa reserva. Acreditem, foi uma das expêriencias mais fantásticas que ja tive. Eu não imaginava que mata atlantica fosse tudo isso q é. Imagens não dizem nada, so mesmo indo até lá pra sentir o ambiente. "Se existiu o Éden, era isso aqui" foi o q primeiro me ocorreu. Pode parecer estranho, mas é uma experiência espiritual passar por ali. O clima estava humido, neblina em volta, estava meio frio, e só descida. As lágrimas q eu guardei quando cheguei em Curitiba acabei usando todas elas ao passar por essa mata.

A CAMINHO DO MAR


O paranaense tem senso de humor, e isso é possivel ver nas placas. São muitas com tiradas como essa ai

A CAMINHO DO MAR


O caminhão que rebocava o bagulho. Com uns seis desses é possivel fazer uma guerra

A CAMINHO DO MAR


Acreditem, isso ai tem 100 pneus. dentro, uma coisa enorme com o timbre da Petrobras

A CAMINHO DO MAR


Antes de chegar nas descidas, existe uma parte da viagem que é esse retão ai. muito plano e pista dupla. Vi muitos ciclistas em speeds e também motos envenenadas urrando nesse asfalto.

A CAMINHO DO MAR


Antes de pegar caminho pra praia eu resolvi passar no aeroporto pra checar valores de passagem. Perdi um tempão aqui pelo fato deles não terem bicicletário. Insisti, e deixaram eu guardar  a bike no estacionamento da Infraero. Muito burocrático... vou voltar de Buss mesmo

A CAMINHO DO MAR

Tio edson e mariosan, essa e para vcs

RUMO AO MAR

Chovia pela manhã, mas quando deu uma paradinha embarquei. Na foto eu em frente ao hotel em q fiquei em Curitiba

sábado, 27 de março de 2010

EFIM

Uma aventura como a minha, em seus estágios iniciais gera muitos risos, muitas dúvidas e muitos medos. Vou de Goiânia a Curitiba de bike eu dizia, e logo vinha o riso.. tá louco? assalto!! perigo!! etc. Pra ser sincero até uma parte de mim ria dessa idéia. Mas eis-me aqui. Doze dias de pedal, muito sol, muita alegria, dor, tristeza, surpresas, muitos diálogos comigo, com o q tinha em minha volta. Me interessei não somente pelas coisas, mas também pelas pessoas q cruzaram meu caminho. Viajar de bike tem algo que não dá pra explicar, mas quem ja viajou sabe que é assim: As pessoas tendem a ser mais receptivas, se abrem mais com a gente. Muitas pessoas q passariam despercebidas hoje fazem parte da minha memória afetiva. Com respeito tentei transmitir estas histórias pra vcs, pq acho q o ser humano é um milagre da natureza e precisamos sempre aprender uns com os outros, principalmente em situações que não envolvem segundas intenções. Ouvi muitas histórias de dor, mas muitas de dor transformadas em esperança e superação. Cada um faça sua própria leitura dos fatos, ou ao invés de ler, rasgue tudo e jogue fora.


Desde o início eu sabia que minha viagem não era o destino, mas o caminho até o destino... o barato foi pedalar até lá, chegar lá todo mundo chega. Portanto quando eu cheguei ontem nem vibrei tanto, pq a vibração vinha comigo desde goiania. Como previ não vivenciei epifanias de beira de estrada, nenhuma luz se revelou pra mim, nenhuma voz esclarecedora rs. (alguns acham q eu fiz essa viagem em busca desta luz interior). Mas confesso q vivi de forma intensa estes ultimos dias, e isso é o que basta.


Não me sinto no direito de dizer pra cada um lutar pelos seus sonhos... o sonho é seu, faça o q quiser. A única coisa que posso fizer é: não duvide de um ser humano, pq ele é um milagre. Se o cara diz q vai a Curitiba de bike ou a Lua, lhe dê o benefício da dúvida. As vezes a grande ventura vem de loucuras como essa minha de colocar na cabeça pedalar quase 1.300 km, debaixo de sol escaldante, passando sede, as vezes sentindo fome, exaustão, solidão... mas tudo isso foi uma música muito agradável aos meus ouvidos. As vezes queremos q uma melodia seja feita apenas de belos acordes, ou q um belo quadro seja feito apenas de cores luminosas... tem q ter sombras, tem q ter graves, agudos... o diabo a quatro.



Pra finalizar vou deixar uma frase de Goethe, que vi hoje ao sair do museu aqui de Curitiba: Na frase ele dizia que tudo dorme na natureza, cumpre a nós acordar as coisas através do nosso talento.


Fica meio sem nexo dizer isso aqui, mas vou contar: Hoje eu almoçei uma comida bem legal em um restaurante em frente a um museu, e vi um casal de joão de barro descer até a entrada do restaurante e cantarem feito doidos. Logo veio a moça q ali trabalhava e começou a conversar com eles, colocou algo pra eles comerem, eles comeram e sairam voando. Eu disse a ela q ia colocar isso no blog, aqui está. Ela disse q ja tem alguns meses eles "frequentam" o lugar.

Beijo pra quem de beijo, abraço pra quem de abraço e soco pra quem de soco rs
Ricardo Rodrigues, Curitiba 27.03.2010

MAIS CURITIBA

Essa foto tirei no Jardim Botânico, na de baixo estou em meio a esculturas do franz krajcberg. Eu primeiro conheci a história desse artista, um polonês descendente de judeus  que teve toda sua família dizimada pelo nos campos de concentração nazista. No fim da guerra, sem saber o q vazer do q sobrou de sua vida e completamente só ele decidiu vir para o Brasil. Se instalou no sul da Bahia e ali e em Minas encontrou inspiração para sua arte q ja ganhou o mundo faz tempo. Ele trabalha com fotografia e também com restos da floresta, geralmente arvores mortas e restos de queimada. Vendo seu trabalho de perto percebi tanta dor, mas também tanta beleza, algumas madeiras retorcidas parecem seres humanos se contorcendo

MAIS CURITIBA

Gostei muito desta mensagem do niemeyer. Fotogrefei ela pra depois montar. É a que aparece no meio. Ele esá falando de arquitetura, mas isso possui sabedoria pra toda uma vida

MAIS CURITIBA

MAIS CURITIBA



Aqui ele "brica com V. Gogh



Quem tiver interesse pode pesquisar sobre esse artista...achei o trabalho dele bem forte

MAIS CURITIBA

Bem do lado do museu esses caras jogando o q eu chamo de "futebol americano"

MAIS CURITIBA

Eu dentro do museu. Gastei um par de pilhas da máquina só aqui. lá dentro pode fotografar tudo, desde q sem flash. Vi mutia gente de fora, uma verdadeira torre de babel. Tentei conversar com um canadense mas... esquece.

MAIS CURITIBA

Eu vou confessar uma coisa... Andar nesse ônibus turistico q visita os principais pontos turisticos da cidade é bom, mas eu ja estava ficando entediado, senão por dois lugares  q visitei, o primeiro foi esse ai, o "olho" como se diz por aqui. Foi inesquecível, exposição com diversos artistas, e a arquitetura é de tirar o fôlego.

MAIS CURITIBA

Eu andando na parte superior do ônibus de turismo. Ele tem dois andares sendo o de cima sem teto. Fez frio, e estava meio chuvoso

MAIS CURITIBA

O quanto rodei no último dia de viagem (quando cheguei em Curitiba)

MAIS CURITIBA

O odometro marcando o q ja rodei na bike (antes da viagem rodeis algun km na bike, preciso subitrair para ter a distancia correta da viagem)

MAIS CURITIBA

Fiquei impressionado com essa solução. Bem no meio da calçada existe um passeio para pedestres e ciclistas. Palmas para eles

MAIS CURITIBA

Outra coisa que me chamou atenção foi essas cercas junto ao canteiro central, acho q é para impedir o pedestre de atravessar fora da faixa... Good Good