quinta-feira, 3 de junho de 2010

Memória da Casa dos Mortos foi o segundo Dostoievski que li. Fiquei transpassado com a força deste livro. Ele relata o período em que o escritor ficou encarcerado na Sibéria, condenado a serviços forçados depois de ter sua pena de morte anulada no exato momento em que deveria ser fuzilado por conspiração. Com habilidade Dostoievski percebe no ambiente da prisão diversos tipos psicológicos que são eternizados neste livro. Nesta obra começamos a ver a força do grande escritor russo, que mergulha nos personagens em busca da sua essência humana.

O medo, a solidão, o desespero, a covardia,  são alguns dos sentimentos percebidos no ambiente da prisão e dissecados com profundidade por Dostoievski. Alguns críticos acreditam que esta obra é a primeira da fase madura do escritor.

Neste mundo idealizado pela publicidade barata e por fast foods culturais, Dostoievski é uma voz que destoa, mostrando os lados obscuros e contraditórios da psiquê humana.

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