domingo, 14 de novembro de 2010

PROTESTOS PELA HISTÓRIA

Essa semana me deparei com uma frase... não exatamente um frase, mas uma palavra de ordem que foi gritada nas ruas da europa no histórico maio de 68, onde se ouvia "Não queremos perder nossas vidas enquanto tentamos ganha-la". Essa mesma frase foi ressuscitada nas últimas semanas nas ruas de Paris, onde jovens e trabalhadores protestavam contra as reformas trabalhistas do governo Sarkozy.

Convenhamos, é um punhado de palavras bem perturbador, que serve para protestar contra os incovenientes cortes que os governos tem praticado na carne do trabalhador, corroendo o que na europa chamam de bem estar social. Mas para além disso, estas palavras falam da qualidade de vida a que fomos empurrados graças aos múltiplos empregos aos quais devemos nos entregar na tentativa de sobreviver com um mínimo de dignidade. Enquanto isso, aquela outra parte humana em nós geme de atrofia, pois precisa de tempo, precisa de vazios, de calma... hiatos...

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

VIDEO INSPIRADOR COM MIGUEL NICOLELIS

Acho que a maior e última fronteira a ser superada por nós brasileiros somos nós mesmos. O Brasil tem tudo para ser grande, mas ainda precisamos melhorar nossa auto estima, e assim ocupar nosso lugar no mundo. O cientista Miguel Nicolelis faz uma palestra emocionante, e nos inspira a ir além da risca de giz que nos limita... um convite ao triunfo como indivíduos e como nação.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

VIAGEM PIRI

Viagem para Piri, Sai domingo 6h e cheguei no meu destino às 18:30. Foi bem cansativo o sol estava hiper. Saindo de Gyn, de longe avistei uma bike speed, que sempre mantinha uma boa distância a minha frente. Por fim acabei alcançando-a, e fiquei meio surpreso ao ver que o "atleta" que imprimia aquele ritmo forte era na verdade um homem ja maduro. Ficamos amigos, e ele se animou em me seguir até Terezópolis. Chegando a Anápolis minha corrente quebrou... Por sorte, no momento o um casal de bikers estava passando no local e me deram apoio.

Como vinha de uma temporada sem pedalar, senti bastante as subidas fortes que tive que enfrentar debaixo de sol escaldante. Descobri vários lugares interessantes para camping pelo caminho.

Em Piri, passei uma noite sofrida, muito quente, e o barato ficou caro, pois o lugar que passei a noite não tinha o mínimo conforto. No outro dia, aproveitei ao máximo o rio que corta a cidade, junto a ponte.

Ás 17h peguei onibus para Anápolis. Chegando em Anápolis descobri que só tem transporte semi-urbano, com ônibus de uma porta só. Tive que negociar o tranporte da bike, e tive que desmontar as rodas para passa-la pela catraca. Dentro do ônibus muitos jovens que vinham de piri. Tinha três moças, uma delas vestida de arlequim. Estavam voltando de uma festa, onde elas trabalharam como animadoras.

Desembarcando na rodoviaria de Gyn, pedalei pela noite quente até chegar em casa... Foi um pedal alucinado, rápido, e muito gostoso. Aquele esgotamento que traz renovo em seguida... foi isso que esta viagem me proporcionou.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

PARANDO PRA PENSAR



Campanha da comissão de acidentes de trânsito de Victoria, Australia.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

LÁGRIMAS NO PARQUE

Depois de um dia cheio, decidi fazer caminhar minha solidão pelo parque areião. Como de costume preferi a trilha mais fechada, em busca do ar mais puro. Eu caminhava cabisbaixo, os sentidos afluíam para o barulho de uma sirene que soava na cidade lá fora. Foi quando estremeci com a presença daquela mulher sentada no chão, no meio do trieiro. Tive um segundo susto ao perceber que era uma noiva, toda vestida de branco. Ela permanecia sentada, imóvel, com a cabeça encaixada entre os joelhos, deixando livre seu longo e volumoso cabelo castanho.


No automático, dei alguns passos, desviando-me dela lentamente e me esforçando para seguir caminho... mas não resisti, voltei-me e guardando distancia estendi a mão:

- Olá, você você está legal?

-Moça, você precisa de ajuda? insisti.

Depois de alguns segundos ela levantou o pescoço, e sem olhar em minha direção balançou a cabeça negativamente e começou a chorar. A maquiagem enegrecida escorria pelo branco do vestido, que se iluminava com minúsculas manchas de sol que penetravam através das folhas das árvores.

Me desculpei e toquei levemente seu ombro desnudo e frio. Ela me encarou, e ao perceber a palidez de sua pele recuei. Era perturbador, mas eu não conseguia me mover dali. Ela enxugou o rosto com o vestido, e sacudiu o cabelo, livrando sua face alva, revelando a beleza de sua pouca idade.

-Você tem horas? perguntou com voz tremula.

-Umas quatro e meia, acho.

-Não se preocupe comigo... pode ir, ficarei bem...

-Hum... uma noiva como você não deveria estar aqui, deveria?

-Não, nem aqui nem em lugar nenhum... que merda. Disse em prantos e em seguida liberou o peso de seu corpo, caindo lentamente sobre as folhas secas.

Me apressei em toma-la nos braços, tentando levanta-la. Ela se refez e me empurrou com o cotovelo.

Não avistei nenhum sangue no vestido, apenas formigas que caminhavam desorientadas transitando entre o tecido e a pele.

Ela se enlaçou com os próprios braços e começou a balbuciar... parecia rezar.... ou recitava algo. Senti calafrios

Vou procurar ajuda... disse eu, caminhando de costas lentamente.

Corri por algum tempo até chegar na área de convivência do parque onde avistei um guarda.

Ofegante, pedi socorro a ele, sem conseguir contar o que tinha visto... apenas dei a entender que alguém estava em perigo. Ele me acompanhou, mas para meu desespero, não encontramos nada. a jovem havia desaparecido. O guarda, me ordenou que aguardasse, e telefonou pedindo reforços. Enquanto ele examinava o local me embrenhei no mato e fugi exausto, tropeçando em mim mesmo.

No outro dia, vi a extensa matéria no jornal. o corpo de Berenice foi encontrado algumas horas depois, junto a uma área pantanosa do bosque. O jornal informou que Berenice fugira de casa dias antes, levando apenas a roupa do corpo e uma caixa com o vestido de noiva que pertencia a sua mãe. A garota se escondeu no bosque por dias, a espera de Eduardo, seu professor de espanhol que nunca apareceu.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

EM MEMÓRIA

Planos frágeis, nó que se parte

Surpresa, espanto e pensamentos... sonho?

Habitas agora no pó da memória, que lentamente se dissolve por ser pó em mim

Não há lágrimas, apenas lembranças... quase sonho.

(Em memória a dois joves que partiram para sempre)

sábado, 31 de julho de 2010

ÚLTIMAS

Uma boa notíca. dia 11 de agosto irei para Teresina. Vou visitar uma das maiores fábricas de bicicletas da américa latina. Esse foi um bom presente de aniversário pra mim. Claro que vou contar tudo aqui, quando voltar.


Um grande achado recente foi os livros escritos pela Lygia Bojunga. Tenho pesquisado literatura para crianças, e ela é uma fonte mais que necessária. Um texto rico, muito rico. Ela prova que tem como ser profundo e inteligente em textos para crianças. Ela aborda assuntos complexos, como suicídio, paixões, infidelidade conjugal, estupro, morte, etc. Ou seja, é uma autentica artista, que não tem medo de se pronunciar, mesmo para o público infantil.

As vezes  me aborrecia com essa idéia achatada de que temos que ocultar tudo das crianças, só mostrando a elas o ladinho cor de rosa da vida. Não dá pra ser assim, a criança tem que ser confrontada com a vida. Claro que tudo deve ser colocado com sensibilidade, mas deve ser dito.

O livro que estou lendo da Lygia, é "Os colegas". Nele, existe uma clara crítica a ditatura militar que estava rolando na época. Existe muito humor e lirismo, e também vários conflitos psicológicos que pegam de cheio até o leitor mais maduro.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

DROGBA

Polêmico em campo, Drogba tem vida discreta fora dele, investe em caridade e ajuda a pacificar a Costa do Marfim

DOS ENVIADOS A JOHANNESBURGO
Existem hoje jogadores melhores do que Didier Drogba, 32. Mas é difícil o futebol atual ter alguém tão interessante fora de campo quanto o atacante da Costa do Marfim, adversária do Brasil hoje.
Em tempos de pregação religiosa nos gramados, atletas apolíticos, escândalos sexuais e muita opulência, o jogador do Chelsea esbanja tolerância religiosa, envolve-se em questões políticas, tem uma vida pessoal "normal" e faz caridade com o próprio dinheiro, não só emprestando seu prestígio pessoal.
No ano passado, Drogba acertou contrato de patrocínio com a Pepsi de cerca de US$ 4,5 milhões. O dinheiro foi todo para a construção de um hospital em Abidjã, a principal cidade da Costa do Marfim. A obra deve ficar pronta no ano que vem e hoje é a prioridade do atacante.
"Visitei um hospital em Abidjan e fiquei chocado com as condições terríveis. Nós ouvimos coisas sobre doenças horríveis, mas os garotos que estavam ali morriam de diabete porque não havia insulina disponível", disse Drogba à imprensa inglesa quando da decisão de investir na construção do hospital, que terá 200 leitos.
O marfinense ainda é embaixador da ONU, função em que tem como prioridade a divulgação de campanhas contra a Aids -em uma delas tem como parceiro Bono Vox, vocalista da banda irlandesa de rock U2.
O atacante também faz ações contra o racismo.
Drogba teve papel importante na pacificação da Costa do Marfim após guerra civil que devastou o país africano.
Quando o país se classificou para sua primeira Copa, a da Alemanha-2006, após jogo contra o Sudão, Drogba procurou as câmeras que filmavam o jogo e mandou recado aos compatriotas, então divididos entre cristãos e muçulmanos e norte e sul.
E fez um discurso que foi repetido por anos e virou célebre em seu país.
"Povo da Costa do Marfim, por favor coloque suas armas no chão, organize eleições, e as coisas vão ficar melhores", declarou o atacante, que forçou o presidente do país a marcar jogo da seleção na região Norte, onde estavam seus opositores.
Com esse perfil, Drogba foi incluído na última lista da revista "Time" que aponta as cem pessoas mais importantes do mundo. Foi um dos escolhidos para estar na capa e também era o único jogador de futebol relacionado.
Intimidade com a fotografia não é novidade para o atacante. Ele posou de cueca para ensaio da revista "Vanity Fair". Apareceu na capa ao lado de Cristiano Ronaldo, o que teria provocado ciúme no atacante português.
Sobram empresas interessadas em patrocinar Drogba. Além da imagem de ativista social, conta a seu favor o fato de não ser personagem de escândalos sexuais, bastantes comuns no futebol inglês.
Drogba é casado há quase dez anos com mulher nascida no Mali, que conheceu em Paris. Com Alla, muçulmana, tem quatro filhos.
(EDUARDO ARRUDA, MARTÍN FERNANDEZ, PAULO COBOS E SÉRGIO RANGEL-FOLHA DE SÃO PAULO)

segunda-feira, 14 de junho de 2010

RENDA-SE A ESTE VÍDEO

CALÇADAS PREDADORAS

Ontem eu andava pela minha rua quando vi que um vizinho instalou uma lixeira bem no meio da calçada. E não é um caso isolado, em volta tem mais lixeiras ocupando o centro da calçada. Anos atrás lembro-me de ter conversado com um desses vizinhos sobre a necessidade de deixar o passeio livre para os pedestres, instalando as lixeiras próximas ao meio-fio. Não recordo exatamente o que ele me disse na ocasião, mas lembro-me que ele foi resistente aos meus argumentos. É incrível. Como pode alguém resistir ao óbvio? Que cultura é essa que absolutamente não pensa nos outros? Uma calçada cheia de degraus, repleta de lixeiras cortantes... qual a saída? Fico pensando o quanto somos mesquinhos. Não se trata de um ou outro, mas em nossa cultura somos mesquinhos e estes pequenos gestos nos mostram isso. No caso da lexeira, não iria custar um centavo a mais posicioná-la no lugar certo, mas o cara deliberadamente quer que ela fique exatemente no centro da calçada... talvez ache mais bonito, e que dane-se o resto. Um cara com tal mentalidade só seria sensibilizado por uma bela multa. Só assim ele seria forçado a rever seus conceitos. Mas infelizmente dificilmente a prefeitura  vai emitir uma multa nesse caso.

Bom... eu começava a sentir complexo de minoria, a suspeitar que o errado estava sendo eu em pensar diferente, em me preocupar com assuntos tão fora do eixo de discussão, mas acabei encontrando uma matéria na Folha de São Paulo e resgatei minha auto-estima... Acho que estou do lado certo da força. A matéria está no link abaixo, e trata do problema das calçadas.
http://migre.me/OFBn

quinta-feira, 10 de junho de 2010

CICLOTURISMO

Que felicidade, o cicloturismo tem sido cada vez mais divulgado pelos meios de comunicação. Esta matéria da Folha mostra alguns dos melhores roteiros para se fazer de bike.
http://migre.me/NlmR

quarta-feira, 9 de junho de 2010

VOLTA AO MUNDO DE BIKE

Casal faz volta ao mundo de bike.

http://migre.me/N7qf

domingo, 6 de junho de 2010

AOS HOMENS DO NOSSO TEMPO

Enquanto faço o verso, tu decerto vives.

Trabalhas tua riqueza, e eu trabalho o sangue.

Dirás que sangue é o não teres teu ouro

E o poeta te diz: compra o teu tempo.

Contempla o teu viver que corre, escuta

O teu ouro de dentro. É outro o amarelo que te falo.

Enquanto faço o verso, tu que não me lês

Sorris, se do meu verso ardente alguém te fala.

O ser poeta te sabe a ornamento, desconversas:

"Meu precioso tempo não pode ser perdido com os poetas".

Irmão do meu momento: quando eu morrer

Uma coisa infinita também morre. É difícil dizê-lo:

MORRE O AMOR DE UM POETA.

E isso é tanto, que o teu ouro não compra,

E tão raro, que o mínimo pedaço, de tão vasto

Não cabe no meu canto.

Hilda Hilst

sábado, 5 de junho de 2010

DEPRESSÃO E CONSUMISMO



Nesta série a Psicanalista Ana Rita Kehl discute depressão no contexto da sociedade de consumo. A pauta da depressão é muito interessante, haja visto esta ser uma das maiores moléstias da atualidade. Ouvimos muito sobre a depressão, mas  poucos se debruçam no por quê da doença. O consumo nunca esteve tão em alta, mas isso não tem se refletido no índice de satisfação das pessoas. Acredito que debates como este são importantes para aumentar nosso auto conhecimento e com isso nossa qualidade de vida.
Esta palestra está dividida em oito vídeos, e disponíveis no Youtube

BICICLETÁRIO

Quero registrar aqui minha satisfação com o bicicletário do terminal Cruzeiro do Sul, em Aparecida de Goiânia. Esta semana eu pedalava a noite quando um prego entrou no pneu da bike. Deixei ela no bicicletário do terminal cruzeiro e segui de ônibus para casa. Os funcionários me prestaram um bom atendimento. Senti que minha bike passaria a noite ali com segurança. No outro dia passei lá para pega-la. Muito bom ter esta alternativa de integração de vários tipos de transportes. No geral a estrutura do terminal está muito boa, muito mais acolhedor e humanizado. E imaginar que durante anos aquilo ali era um imenso criatório de pombos. Espero que o terminal Bandeiras que também esta em reforma seja beneficiado com um bicicletário.

 Estou pensando em comprar uma bicicleta dobrável e assim passar a combinar bike, transporte coletivo e em casos extremos taxi.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

EMOCIONANTE

Este deve ser um homem exemplar. Como motorista trata os passageiros com muito respeito e atenção. Estes passageiros decidem fazer uma homenagem no dia do seu aniversário. O video mostra a emoção que toma conta deste motorista, que provavelmente deve ser um imigrante vindo de um país distante... Emocionante.
http://www.youtube.com/watch?v=xgOyTNtsWyY&feature=player_embedded
Memória da Casa dos Mortos foi o segundo Dostoievski que li. Fiquei transpassado com a força deste livro. Ele relata o período em que o escritor ficou encarcerado na Sibéria, condenado a serviços forçados depois de ter sua pena de morte anulada no exato momento em que deveria ser fuzilado por conspiração. Com habilidade Dostoievski percebe no ambiente da prisão diversos tipos psicológicos que são eternizados neste livro. Nesta obra começamos a ver a força do grande escritor russo, que mergulha nos personagens em busca da sua essência humana.

O medo, a solidão, o desespero, a covardia,  são alguns dos sentimentos percebidos no ambiente da prisão e dissecados com profundidade por Dostoievski. Alguns críticos acreditam que esta obra é a primeira da fase madura do escritor.

Neste mundo idealizado pela publicidade barata e por fast foods culturais, Dostoievski é uma voz que destoa, mostrando os lados obscuros e contraditórios da psiquê humana.

FILHOS

A natureza sutilmente produziu muitos filhos
amorozamente em seu seio foi gerado os que ficam e os que vão

Os que ficam são amamentados dia apos dia, sua delícia é o calor do leite materno
estes terão longa vida, e poupados serão, de muitas dores e de muita vida

Os que vão são um tipo inquieto... trazem o mundo no coração
Temem o caminho reto, pois veem nele algo de morte em vida
São sementes levadas pelo vento incerto... o que lhes espera?

domingo, 30 de maio de 2010

PEDALADA PARA TRINDADE

Ontem sai com alguns amigos para um pedalada até Trindade. Foi bom, mas o que mais gostei foi de ter feito contato com pessoas bem interessantes. Chegamos na academia (antiga Atrius) por volta das 6h da manhã. Embarcamos as bikes em um onibus que nos levou até o trevo para Trindade. Um passeio muito tranquilo, chegando em Trindade um gostoso café da manhã e em seguida uma ida no santuário. Na turma que foi de bicicleta conheci uma família, com pai mãe e filha. Eles viram a reportagem sobre minha viagem e conversamos bastante sobre cicloturismo. Eles planejam uma viagem pela Estrada Real, indo de Minas Gerais até Paratí. Fiquei com agua na boca, e até cogitamos fazer esta viagem em grupo. Conversando com outras pessoas falei de minha vontade de fazer Santiago de Compostela no ano que vem, e para minha surpresa encontrei alguns super empolgados, desejando fazer parte desta viagem.

BLOG DO TOMÁS

O Tomás ia de bike para a faculdade quando foi atingido por um carro. No momento está se recuperando do acidente. Abaixo o link do blog que os amigos do Tomás fizeram para divulgar esta luta pela vida.
http://www.reinach.com.br/

segunda-feira, 24 de maio de 2010

FRASE

Quando eu vejo um adulto em uma bicicleta, eu não perco a esperança na raça humana.

H.G. Wells

domingo, 16 de maio de 2010

PORQUE USAR UMA BIKE

sábado, 15 de maio de 2010

ZEN

Um mestre Zen viu cinco dos seus discípulos voltando das compras, pedalando suas bicicletas. Quando eles chegaram ao monastério e largaram suas bicicletas, o mestre perguntou aos estudantes: “Por que vocês anda com suas bicicletas?”
O primeiro discípulo disse: “A bicicleta carrega, para mim, os sacos de batatas. Estou feliz por não ter de carregá-los em minhas costas!” O mestre elogiou o primeiro aluno: “Você é um rapaz muito inteligente! Quando você crescer você não andará curvo como eu ando.”
O segundo discípulo disse: “Eu adoro ver as árvores e os campos por onde passo!” O mestre elogiou o segundo discípulo: “Seus olhos estão abertos e você enxergará o mundo.”
O terceiro discípulo disse: “Quando eu pedalo minha bicicleta eu fico feliz em ber mio renge quio.” O mestre louvou o terceiro estudante: “Sua mente se expandirá com a suavidade de uma roda novamente centrada.”
O quarto discípulo falou: “Pedalando minha bicicleta eu vivo em harmonia com todas os seres sensíveis.” O mestre ficou feliz e disse ao quarto estudante: “Você pedala no caminho dourado do bondade.”
O quinto aluno disse: “Eu pedalo minha bicicleta por pedalar”. O mestre sentou-se aos pés do quinto estudante e disse: “Eu sou seu discípulo.”

Provérbio Zen

PERNAS PARA QUE TE QUERO

Outro dia, uma resenha do Luiz Carlos Merten no jornal Estado de São Paulo me fez parar para pensar. Em seu texto onde ele analizava o filme avatar, Merten confessou que chorou na cena que mostra o personagem principal correndo alucinado em seu avatar. No filme este personagem é um paraplégico, e ao receber seu "novo corpo" ele acaba por recuperar o movimento de suas pernas... por isso sai correndo feito louco. Essa cena emocionou o crítico de cinema do jornal Estado de São Paulo.

Caminhar é um grande prazer para mim. Gosto sobretudo de caminhar pela cidade, observando a paisagem urbana e as pessoas. Concordo que as ruas de Goiânia não é o lugar mais seguro para se caminhar. É preciso agilidade e reflexo (as vezes de atleta) para se desvencilhar dos obstáculos e automóveis que avançam apressados. Mas ainda assim tem sido um grande prazer para mim.

Boa parte de nós foi agraciada pelo dom de poder andar. Mas ao longo da vida o hábito acaba nos fazendo esquecer essa habilidade, tudo fica tão automatizado que sempre que podemos acabamos substituindo nossas pernas por rodas.

O filósofo americano Thoureau era um grande adepto das longas caminhadas. Sair pelos bosques caminhando longas distâncias era sua delícia. Ele dizia não conseguir entender como alguém conseguia trabalhar o dia todo estático, sem fazer uso de sua mobilidade.Para o filósofo isso era enlouquecedor.

Ao que parece caminhar é o esporte mais essencial, e com ótimo custo benefício. Porque não nos emocionar com o corpo que possuímos enquanto o possuímos? Você tem pernas?! Então salte, pule,  pedale, caminhe... corra como o personagem do filme, que só percebeu o valor do que tinha depois de te-lo perdido.

terça-feira, 4 de maio de 2010

GANHADORA DA CAMISETA

Abaixo, a felizarda ganhadora da camiseta. O sorteio ocorreu de forma virtual (Confira o resultado do sorteio em: http://sorteie.me/cEX). Lembrando que a camiseta foi uma cortesia dos amigos da redação do jornal. Nas fotos abaixo, Thaís está usando a camiseta sorteada e segurando um exemplar do caderno Magazine do O POPULAR que traz uma matéria especial sobra a viagem.



Agradecimentos:
Christie Queiroz, Luiz Passos, Pollyana Duarte, Edson de Melo, Gabriel Martins, Leandro Resende, Wendel dos Reis, Kennia Cristina, Leandro Coutinho, João Gabriel, Ana Carol Carvalho, Carlos Eduardo Reche, Erika Letry, Zuhair Mohamad, Renata Tranches. (se alguém ficou fora da lista,
me avise)

segunda-feira, 3 de maio de 2010

FRASE

Um carro gera mais poluição antes mesmo de ser dirigido do que em
sua vida inteira de uso.
Ivan Illich

Bicicletando no jornal O POPULAR

Hoje foi publicado uma página contando minha viagem. Trabalhei muito nos textos e desenhos, mas acho que ficou legal.  abaixo, a chamada sobre a matéria no facebook:

O Popular MAGAZINE: "Foi uma das mais extraordinárias experiências da minha vida", conta o designer Ricardo Rodrigues, do POPULAR. Ele pedalou sozinho 1,2 mil quilômetros de Goiânia a Curitiba e conta como foi sua aventura no POPULAR desta segunda.

E tem também comentários de meus amigos do jornal:

-Deire Assis: Ricardo está de parabéns! Exercício para o corpo, para a mente e para a alma...

-RAfael Ribeiro Blat: Um grande exemplo.. Curto pedalar...

-Paulo Lacerda: Você me deixou com "inveja" e mostrou que tudo é possível.

-Renato Queiroz: A viagem foi inspiradora!

-Leonardo Vilela: Parabéns. Realmente, um exemplo inspirador.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

GHOST BIKE (SP)

Essa ai é a bike fantasma que vi na Avenida Paulista. Como eu disse, é um manifesto de ciclistas em memória de algum ciclista que perdeu a vida ao ser atropelado neste local. Tem ghost bikes em muitos pontos da cidade.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

PEQUENO CONTO

Lá pelo fim do dia, quando os restos do sol espalham cores no horizonte distante, o pequeno cão se lança contra o translúcido vidro do escurecido apartamento. Passos ecoam ao lado, subindo pelos degraus que serpenteiam grudados na parede, mas o pequeno cão continua a espreita, mirando pessoas e vultos que se movem na rua abaixo. buzinas, sirenes, estampidos... e mais sirenes. A noite cai lenta, iluminada por luzes amarelas suspensas em altos postes. O cão recusa o cansaço, continua junto a janela, a espera do que é seu. Pode-se ouvir novamente o som de uma sirene, quase apagada pela distancia em meio aos edifícios que comunicam o céu com a terra... e o cão resistente espera. Um táxi estaciona logo abaixo, a mulher desce do carro com cuidado para não acordar a garotinha que traz no colo. O cão se sobressalta, fixa o olhar na mulher que caminha lentamente. Pelas escadas novos passos, até que a porta se abre e a mulher adentra com a criança no colo; com cuidado ela caminha até o quarto onde deita a criança na cama, cobre seu corpo e tira o termômetro de sua boca. A mulher se senta aos pés da cama, enxuga o rosto e percorre o olhar em volta até fixar-se naquele rostinho redondo e despenteado que repousa sobre a cama. O cão atravessa o quarto e se aproxima lentamente entrando debaixo da cama, se deita e ali espera.

Ricardo Rodrigues Gyn, 20 de abril de 2010

quinta-feira, 15 de abril de 2010

POR MAIS CALÇADAS REBAIXADAS

Ontem cheguei da viagem que fiz a São Paulo. Diferente da viagem que fiz de bike, dessa vez ninguém perguntou de onde eu vinha e para onde ia, já que eu estava viajando uma viagem comum. Primeira vez na Cidade de São Paulo, fiquei com uma vontade imensa de ficar por lá mais tempo, poder andar e conhecer um pouco melhor esse lugar fascinante. Como não era uma viagem turística, foi tudo muito rápido, mas me estiquei todo para conseguir visitar o Museu de arte de São Paulo. Grande experiência, quanta riqueza artística dentro de poucos metros quadrados. A exposição retratava o período romantico nas artes plásticas, e lá estavam Rembrandt, Gauguin, Van Gogh, Picasso,Rodin, Turner, e muitos ouros mestres. Grande impressão ao ver uma estátua grega de 400 anos A.C. Grande impressão ao ficar cara a cara com um Van gogh. Tinha também um sarcófago romano de uns 200 D.C.
Faz algum tempo eu acompanho o blog apocalipse motorizado, este blog trata de questões ligadas a transporte, mobilidade humana e muita coisa relacionada a bicicleta. Nesse blog eu tinha visto algumas bicicletas todas pintadas de branco, colocadas como memorial nos locais onde acontecem acidentes fatais envolvendo ciclistas na cidade de SP. Pois bem próximo do Museu eu tive a péssima oportunidade de ver uma destas bicicletas brancas, onde provavelmente morreu um ciclista atropelado por um carro. Também vi um deficiente visual tropeçando em uma calçada (que tinha uma degrau). Não dá pra imaginar o que deve ser estar na pele de um cego numa cidade grande como aquela. A ironia é que esse tipo de calçada assassina, que possui desníveis e degraus são construídas por nós videntes, que somos cegos a ponto de não enxergar como tais construções porem em risco a vida e a dignidade de muitos. Construir calçadas niveladas e sem degraus é dever de todos, e não acrescenta custo nenhum a obra. lixeiras devem ser posicionadas próximas ao meio-fio, deixando a calçada livre para pedestres. Falta mais conscientização, e cabe ao poder público divulgar melhor tudo isso, mas cabe a nós cidadãos ter uma pouco mais de noção. Acho que devemos ter uma atitude mais ativa e quando for o caso, boicotar estabelecimentos que mostrem descaso com a dignidade humana, uma boa idéia também, é sempre que possível cobrar por tais direitos. Outro dia reclamei da falta de um bicicletário ao dono do salão onde corto o cabelo e pouco tempo depois ele acabou instalando um.

domingo, 11 de abril de 2010

FILME/REFLEXÕES

Abaixo o link para o filme "A queda do poder". Esse filme traz algumas reflexões sobre a sociedade moderna, e alguns de seus gargalos

http://blip.tv/play/hZFAgc39XgI

sexta-feira, 9 de abril de 2010

DEU NA MAGAZILDA


A viagem ainda esta rendendo. acima, uma tira da magazilda feita pelo Mariosan e publicada essa semana no POPULAR

quinta-feira, 8 de abril de 2010

QUASE MIL FOTOS DA VIAGEM

Quase mil fotos, postadas inescrupulosamente... falta editar com calma depois

http://picasaweb.google.com.br/112915131009725556158/101MSDCF#

VIDEOS DA VIAGEM

Abaixo videos de Castrolanda, a colônia holandesa que fica próxima a cidade de  Castro (PR)
e descida pela rodovia 277 rumo ao litoral paranaense

http://www.youtube.com/watch?v=iz1cVfTQzn8 

http://www.youtube.com/watch?v=L7aO1KBW8WA

http://www.youtube.com/watch?v=zujWZS8EvxE

http://www.youtube.com/watch?v=J3CinIgiVNw

segunda-feira, 5 de abril de 2010

RECEPÇÃO NA REDAÇÃO DO JORNAL

Com direito a lanche e a um quase discurso, fiquei feliz pela recepção dos colegas. Mais uma vez a bike aproximando vidas rs. Pena que não deu para fotografar todo mundo reunido, foi muito emocionante.

RECEPÇÃO NA REDAÇÃO DO JORNAL

Eu e o Mariosan, que fez esse poster que está fixado na parede ao fundo. Show de bola, Mariosan, vou guarda-lo pra sempre, fiquei mutio feliz por isso e pela recepção surpresa de toda galera da redação.

RECEPCÇÃO NA REDADAÇÃO DO JORNAL

Eu e o tio edson, figura que está em todas da redação

sábado, 3 de abril de 2010

BIKE E PARKINSON

Ao chegar em GYN vi uma uma matéria interessante no noticiário. Um homem com graves problemas motores ocasionados pela doença de Parkinson surpreendeu os médicos ao andar de bicicleta normalmente, como se não tivesse os sintomas da doença. Isso despertou algumas pesquisas, que previamente indicam que pacientes de Parkinson tem recuperado em média de 30% de seus movimentos quando utilizam a bicicleta no tratamento. Impressionante a cena em que mostra o paciente que mal consegue ficar de pé e logo em seguida pega a bicicleta e sai andando normalmente.

Veja mais sobre o assunto:
http://www.diariosp.com.br/Noticias/Dia-a-dia/3005/Parkinson+e+%91anulado%92+por+bicicleta

DICA DE BLOG

Quer um ponto de vista diferente? inteligente? de uma olhada no link abaixo

http://www.apocalipsemotorizado.net/

quinta-feira, 1 de abril de 2010

PAPO SOLTO

Todos os dias ouço sobre aumento nas vendas de automóveis, essa notícia quer quase sempre dizer outra coisa: A economia vai bem, já que mais carros estão saindo dos pátios das montadoras para as ruas. OK, o problema é o que fazer com tantos carros nas ruas das grandes cidades? A medida que o sonho de consumo de muitas famílias de classe média de ter seu carro vira realidade, a cidade vai virando um inferno junto. A engenharia de trânsito geralmente demostra preocupação não com a mobilidade em si, mas com a mobilidade dos carros que circulam pela cidade. Não sou especialista, mas arrisco o palpite de que quanto mais espaço criarmos para os carros, mais espaço eles nos pedirão. O carro deixou de ser um meio de transporte, se tornou status. Se tenho um carro 0km sou bem sucedido, independente do sacrifício que isso represente ao meu orçamento doméstico. Concordo que o estágio de vida em que chegamos demanda deslocamentos rápidos, precisamos chegar em nossos destinos impecáveis, com a roupa passada e cheirando bem, por isso ir de carro é a melhor opção. Mas e quanto ao preço que devemos pagar por isso? Curitiba não é uma cidade perfeita, andando a pé pela cidade vi muitas mazelas como em qualquer outra grande cidade, mas de um modo geral senti que lá existe uma cultura que leva em conta a mobilidade, e não somente mobilidade via automóvel. Está na hora de pensarmos mais criticamente nossas cidades, ver que nelas existem pessoas com problemas de mobilidade física, nossa população está envelhecendo, e isso demanda maiores cuidados com a acessibilidade, sem falar que não fomos criados pela natureza para ficarmos estáticos, primeiro dentro de uma caixa de ferro sobre rodas que nos leva ao trabalho, e depois na frente do computador no trabalho, para finalmente permanecer imobilizados por ataduras invisíveis em frente a tv ao chegarmos em casa. Os resultados de tanta inércia é uma vida doente física e psicologicamente. Mas claro, isso nenhum comercial de tv nos diz, porque um ser passivo consome muito mais que um ativo.

quarta-feira, 31 de março de 2010

DESCENDO A 277 EM MEIO A MATA ATLÂNTICA

Veja vídeo de minha descida na serra em meio a Mata Atlântica rumo ao litoral paranaense
http://www.youtube.com/watch?v=_cI5NpLCmq8

DE VOLTA A GYN

Peguei o barco da Praia do Mel para Paranaguá na segunda, foi uma viagem de quase duas horas de barco até chegar em Paranaguá, onde às 21:30 peguei ônibus para Curitiba. Ao chegar em Curitiba, não tive outra opção senão passar a noite na rodoviária, pois meu ônibus para GYN sairia às 8:40h. No outro dia o ônibus atrasou, e saí 9:30. Não imaginei q a viagem de ônibus fosse tão demorada, foram 20 horas de viagem. Às 5:30h de hoje cheguei na rodoviária de GYN. que noite. Detesto viajar de ônibus, agora imaginem 20 horas dentro de um. De lá pedalei direto para casa, vou demorar recobrar minha noção de tempo. Como puderam ver, viz uma viagem aberta, sujeita a mudanças de última hora. Achei legal porque ficou bem dinâmica, e conheci o q realmente me interessava. Ao voltar, vi o ônibus retornar por onde passei, e o caminho me pareceu muito familiar, talvez pelo fato da viagem de bike ser mais demorada, ficou muita coisa registrada na memória de forma viva, apesar de ter sido vista uma única vez.

ILHA DO MEL

Vista frontal

ILHA DO MEL

De dentro da prisão.

ILHA DO MEL

ILHA DO MEL

Porta de frente para o mar, e porta lateral de acesso à prisão

ILHA DO MEL


Vista do pátio interno do forte

ILHA DO MEL

Paiol de pólvora, que fica nos fundos do forte

ILHA DO MEL

Eu com 78kg

ILHA DO MEL

Visão do flanco, onde se vê a orla da praia

ILHA DO MEL

Visão do interior da casamata. esse é o ponto de vista frontal, onde se vê alto mar

ILHA DO MEL

Uma das diversas casamatas posicionadas no forte

ILHA DO MEL

Sobre o canhão

ILHA DO MEL


No forte

ILHA DO MEL

Eu não tinha idéia q era possivel pedalar tão gostoso na areia da praia. Tem q se próximo a água, onde ela fica mais firme. Dá a impressão de estar pedalando em cimento liso. Percorri toda a praia até o forte. (bike é o um dos principais meios de transportes da ilha

ILHA DO MEL

Aqui estou na ilha do Mel. Nunca vi tantos gringos em toda minha vida. Israelenses, Franceses, Alemães etc etc. Uma alemã encarou minha bike durante um tempo, se aproximou e disse a sua colega "cannondale" olhou para mim e disse " boa muito boa bike "  Se aproximou, disse que tinha uma também na alemanha  e perguntou se eu havia montado ela toda aqui na américa do sul. Disse q sim e mostrei o quanto havia pedalado nos últimos dias. Ela ficou surpresa, e me disse que ela e sua colega ja haviam percorrido toda a américa do sul de moto.

LITORAL/ILHA DO MEL


Primeira vez q eu sai do continente

LITORAL/ILHA DO MEL

A travessia dura uns vinte e poucos minutos (de Pontal do Sul à Ilha do Mel)

LITORAL/ILHA DO MEL

Aqui embarcando para a Ilha do Mel. Fiquei sabendo q esta ilha está na rota do turismo internacional por aqui

LITORAL/ILHA DO MEL

Odômetro

LITORAL/ ILHA DO MEL


Aqui ainda na praia do leste, a 20km de Paranagua. Lembram-se dessa camiseta? rs. Passei a noite em um hotel próximo à praia, e na manhã seguinte um funcionário me disse sobre a ilha do mel... simbora pra lá

domingo, 28 de março de 2010

PRAIA DO LESTE

Vou continuar postando, mas por hora quero agradecer a turma da redação q vai sortear uma camiseta pra quem  retwitar a mensagem q eu ja postei no meu twitter. Agradeço a todos q ajudaram na compra da camiseta, Valeu Tio Edson e Leandro, por ter encabeçado isso. a mensagem q postei no twitter é essa abaixo, participe

ricardoilustra Participe do sorteio de uma bela camiseta, basta retwitar o blog bicicletando, que te fez viajar de GYN A CWB http://migre.me/rlMx

PRAIA DO LESTE

Fui parar em Paranaguá, depois pedalei mais 20 km até praia do leste, onde estou agora. Fiquei sem pilhas ainda cedo hoje, queria registrar tudo, mas fotos não registram nada do que vi hoje ao descer a serra. Vou passar a noite aqui e depois pego um ônibus pra Curitiba e de lá pra Brasilia e depois Goiânia.

A CAMINHO DO MAR

Será que existe mundo depois daquela curva?

A CAMINHO DO MAR

Entrei na neblina que lá atrás vi engolindo montes

A CAMINHO DO MAR


Será que existe mais mundo depois daquela curva ali na frente?

A CAMINHO DO MAR


Que alegria ver essa placa, não sabia da existencia dessa reserva. Acreditem, foi uma das expêriencias mais fantásticas que ja tive. Eu não imaginava que mata atlantica fosse tudo isso q é. Imagens não dizem nada, so mesmo indo até lá pra sentir o ambiente. "Se existiu o Éden, era isso aqui" foi o q primeiro me ocorreu. Pode parecer estranho, mas é uma experiência espiritual passar por ali. O clima estava humido, neblina em volta, estava meio frio, e só descida. As lágrimas q eu guardei quando cheguei em Curitiba acabei usando todas elas ao passar por essa mata.

A CAMINHO DO MAR


O paranaense tem senso de humor, e isso é possivel ver nas placas. São muitas com tiradas como essa ai

A CAMINHO DO MAR


O caminhão que rebocava o bagulho. Com uns seis desses é possivel fazer uma guerra

A CAMINHO DO MAR


Acreditem, isso ai tem 100 pneus. dentro, uma coisa enorme com o timbre da Petrobras

A CAMINHO DO MAR


Antes de chegar nas descidas, existe uma parte da viagem que é esse retão ai. muito plano e pista dupla. Vi muitos ciclistas em speeds e também motos envenenadas urrando nesse asfalto.

A CAMINHO DO MAR


Antes de pegar caminho pra praia eu resolvi passar no aeroporto pra checar valores de passagem. Perdi um tempão aqui pelo fato deles não terem bicicletário. Insisti, e deixaram eu guardar  a bike no estacionamento da Infraero. Muito burocrático... vou voltar de Buss mesmo

A CAMINHO DO MAR

Tio edson e mariosan, essa e para vcs

RUMO AO MAR

Chovia pela manhã, mas quando deu uma paradinha embarquei. Na foto eu em frente ao hotel em q fiquei em Curitiba

sábado, 27 de março de 2010

EFIM

Uma aventura como a minha, em seus estágios iniciais gera muitos risos, muitas dúvidas e muitos medos. Vou de Goiânia a Curitiba de bike eu dizia, e logo vinha o riso.. tá louco? assalto!! perigo!! etc. Pra ser sincero até uma parte de mim ria dessa idéia. Mas eis-me aqui. Doze dias de pedal, muito sol, muita alegria, dor, tristeza, surpresas, muitos diálogos comigo, com o q tinha em minha volta. Me interessei não somente pelas coisas, mas também pelas pessoas q cruzaram meu caminho. Viajar de bike tem algo que não dá pra explicar, mas quem ja viajou sabe que é assim: As pessoas tendem a ser mais receptivas, se abrem mais com a gente. Muitas pessoas q passariam despercebidas hoje fazem parte da minha memória afetiva. Com respeito tentei transmitir estas histórias pra vcs, pq acho q o ser humano é um milagre da natureza e precisamos sempre aprender uns com os outros, principalmente em situações que não envolvem segundas intenções. Ouvi muitas histórias de dor, mas muitas de dor transformadas em esperança e superação. Cada um faça sua própria leitura dos fatos, ou ao invés de ler, rasgue tudo e jogue fora.


Desde o início eu sabia que minha viagem não era o destino, mas o caminho até o destino... o barato foi pedalar até lá, chegar lá todo mundo chega. Portanto quando eu cheguei ontem nem vibrei tanto, pq a vibração vinha comigo desde goiania. Como previ não vivenciei epifanias de beira de estrada, nenhuma luz se revelou pra mim, nenhuma voz esclarecedora rs. (alguns acham q eu fiz essa viagem em busca desta luz interior). Mas confesso q vivi de forma intensa estes ultimos dias, e isso é o que basta.


Não me sinto no direito de dizer pra cada um lutar pelos seus sonhos... o sonho é seu, faça o q quiser. A única coisa que posso fizer é: não duvide de um ser humano, pq ele é um milagre. Se o cara diz q vai a Curitiba de bike ou a Lua, lhe dê o benefício da dúvida. As vezes a grande ventura vem de loucuras como essa minha de colocar na cabeça pedalar quase 1.300 km, debaixo de sol escaldante, passando sede, as vezes sentindo fome, exaustão, solidão... mas tudo isso foi uma música muito agradável aos meus ouvidos. As vezes queremos q uma melodia seja feita apenas de belos acordes, ou q um belo quadro seja feito apenas de cores luminosas... tem q ter sombras, tem q ter graves, agudos... o diabo a quatro.



Pra finalizar vou deixar uma frase de Goethe, que vi hoje ao sair do museu aqui de Curitiba: Na frase ele dizia que tudo dorme na natureza, cumpre a nós acordar as coisas através do nosso talento.


Fica meio sem nexo dizer isso aqui, mas vou contar: Hoje eu almoçei uma comida bem legal em um restaurante em frente a um museu, e vi um casal de joão de barro descer até a entrada do restaurante e cantarem feito doidos. Logo veio a moça q ali trabalhava e começou a conversar com eles, colocou algo pra eles comerem, eles comeram e sairam voando. Eu disse a ela q ia colocar isso no blog, aqui está. Ela disse q ja tem alguns meses eles "frequentam" o lugar.

Beijo pra quem de beijo, abraço pra quem de abraço e soco pra quem de soco rs
Ricardo Rodrigues, Curitiba 27.03.2010

MAIS CURITIBA

Essa foto tirei no Jardim Botânico, na de baixo estou em meio a esculturas do franz krajcberg. Eu primeiro conheci a história desse artista, um polonês descendente de judeus  que teve toda sua família dizimada pelo nos campos de concentração nazista. No fim da guerra, sem saber o q vazer do q sobrou de sua vida e completamente só ele decidiu vir para o Brasil. Se instalou no sul da Bahia e ali e em Minas encontrou inspiração para sua arte q ja ganhou o mundo faz tempo. Ele trabalha com fotografia e também com restos da floresta, geralmente arvores mortas e restos de queimada. Vendo seu trabalho de perto percebi tanta dor, mas também tanta beleza, algumas madeiras retorcidas parecem seres humanos se contorcendo

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Gostei muito desta mensagem do niemeyer. Fotogrefei ela pra depois montar. É a que aparece no meio. Ele esá falando de arquitetura, mas isso possui sabedoria pra toda uma vida

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Aqui ele "brica com V. Gogh



Quem tiver interesse pode pesquisar sobre esse artista...achei o trabalho dele bem forte